Eduardo Cervantes López, consultor internacional: Gestão e Inovador em processamento de aves, foi o responsável pela apresentação sobre “Decálogo de Qualidade e Desempenho: a granja ao processamento” durante o LPN 2021.
Após os frangos receberem os melhores cuidados durante a engorda e estarem prontos para o processo, atingindo o maior número de aves ou quilos por metro quadrado, inicia-se a etapa de pré-processamento: PREFAENA. É uma experiência nova para eles, que estão acostumados a um ambiente tranquilo e com o mínimo de incômodo quando o pessoal que os atende entra no galpão.
As aves são engordadas em galpões com e sem divisórias. Quando as aves devem ser agrupadas neste último, a equipe de captura geralmente entra aos pares segurando grades ou pedaços de lona, caminhando apressadamente fazendo barulho para movimentar o bando e definir o grupo. A reação instintiva é imediata, começando a correr batendo asas intensamente, iniciando voos curtos com o objetivo de ficar nas costas de seus companheiros, segurando-se com as unhas para evitar a queda.
Tudo é um CAOS!!
Consequências: Asas agredidas em vários graus, arranhões nas costas, grande estresse, etc.
Uma vez fechados, inicia-se outra etapa traumática: a coleta. Dois métodos são tradicionalmente usados:
- Pelas pernas e pegando-as pelo corpo mantendo as asas presas a ave sem apertar o abdômen, o que lhes causaria dificuldade para respirar.
- A captura pelas patas, caminhando com elas até onde estão as jaulas, é muito rápida e barata, pois emprega equipes de 6 a 10 pessoas, dependendo da quantidade de animais transportados pelos caminhões.
No entanto, as consequências são evidentes:
- Contusões onde a coxa se articula com a perna, se segurarem incorretamente.
- Batendo as asas com diferentes níveis de intensidade, produzindo hematomas em ambos os lados das asas.
- Deslocamentos da cabeça femoral como resultado de girar o fêmur em 180 graus quando o trabalhador se coloca de pé. Sangramento ocorre.
- Sangramento do peito devido ao rompimento dos vasos sanguíneos pela grande pressão recebida quando as asas abaixam.
- Fraturas dos ossos torácicos. São os mais frágeis.
A captura por carcaça quando todas as condições para manter os animais parados são atendidas tem mostrado uma redução média de 50% nas condenações.
Porém, em alguns galpões são detectadas como prática normal as seguintes situações que aumentam as Perdas de Produto Vendável: PPV:
- Muita luz: As galinhas estão em estado de alerta máximo.
- Ruído excessivo: Utilizam empilhadeiras que funcionam com combustível DIESEL. Essas equipes criam estresse. O fluxo de sangue para as asas e músculos é aumentado. Eles estão prontos para correr.
GAIOLAS SEM TAMPAS
Não colocam as aves dentro das gaiolas, mas as jogam como bolas de basquete. Muitas batem as asas e as costas no perímetro onde a tampa é colocada. Assim, surge a pergunta de um milhão de dólares: é possível diminuir o bater de asas das aves quando são pegas pelos pés?, etc. Resposta: De fato!. Se um pequeno detalhe for levado em consideração durante o manejo das aves, esse objetivo é cumprido.
Caro leitor, durante a apresentação você assistirá aos vídeos que comprovam como a quantidade de danos à integridade dos animais é REDUZIDA. Por isso, convido você a colocá-la em prática. Se na sua empresa você decidir pegar os frangos pelas pernas com este implemento ao invés de segurá-los pelo corpo, os custos atuais desta operação serão reduzidos.
TAMANHO DAS GAIOLAS
Normalmente três tamanhos de aves são enviadas para a indústria: Pequenas, Médias e Grandes, que são transportadas em gaiolas que possuem a mesma altura interna.
Há algum tempo se constata que as indústrias processam um tamanho GIGANTE, para atender à crescente demanda de um mercado que cresce diariamente. Apesar dessa realidade, muitos processadores continuam usando as mesmas gaiolas. Eles apenas reduzem o número de aves para que fiquem confortáveis durante a viagem até a indústria.
Uma nova realidade foi encontrada: os animais se levantam durante o trajeto e se a estrada não estiver em boas condições ou houver lombadas, as aves sofrem pancadas que se transformam em HEMATOMAS nas costas. Este detalhe afeta a qualidade final do frango processado: Grau A.
FRANGOS AFOGADOS
Eles representam uma perda TOTAL!!
Muitas empresas usam caminhões especialmente equipados para transportar aves em climas quentes e frios, alcançando as seguintes porcentagens de perda:
PROCESSAMENTO
Durante o abate, a deterioração da qualidade das aves é causada por métodos de trabalho inadequados, equipamentos incompatíveis, infraestrutura incompleta, etc.
PENDURADO NO TRANSPORTADOR AÉREO DE ABATE
Alguns operadores seguram os frangos pela região onde a coxa se articula com a perna, mantendo-a firme. Esse manuseio inadequado causa HEMATOMAS, que podem ser vistos como áreas avermelhadas. Dependendo da gravidade, podem ser descartadas como aves de qualidade Grau A.
Recomendação: Segure os animais formando um ângulo de 90 graus entre as coxas e as pernas. Desta forma, a pressão recebida pelas pernas não causa nenhuma deterioração.
MASSAGEADOR DE PEITO
Essa implementação deve ser bem graduada e rigidamente suportada. Além disso, a seção suspensa deve ser escurecida e iluminada com luzes especiais azuis, vermelhas ou verdes. Na medida do possível, este caminho para o stunner deve ter o menor número de curvas possível.
Lembre-se que essas mudanças na rotação alteram a tranquilidade com que as aves se movem, condição que não favorece uma boa insensibilização. Se todo esse cenário de infraestrutura física e operacional for devidamente ajustado, os frangos NÃO DEVEM SE DEBATER. Na etapa anterior, foram explicadas as consequências negativas na qualidade.
Vale ressaltar que o tempo entre o última pendura e o atordoamento deve estar na seguinte faixa: 20 a 30 segundos, para diminuir o acúmulo de sangue devido à gravidade. Da mesma forma, o bater de asas contribui para aumentar a quantidade de sangue alojado nos vasos sanguíneos das asas. Essa reação das galinhas aumenta o bombeamento de sangue para evitar cãibras nos músculos. Dependendo do volume de sangue depositado, não basta evacuar, notando-se os vasos sanguíneos cheios de sangue na saída da última depenadora.
ATORDOAMENTO
Os frangos devem entrar na cuba deste equipamento semelhante ao escaldador. Quando esta condição NÃO É ATENDIDA, os animais tocam com as asas e/ou peito a rampa molhada com água energizada.
Já avisado que muitos deles não colocam a cabeça na banheira. Quando o fazem, ocorre uma reação em cadeia:
- Eles levantam o pescoço acima da água e o mantêm nessa posição até saírem da banheira.
- Esvoaçam intensamente, batendo as asas com os vizinhos e com o maquinário: HEMATOMAS
- Eles sobem apoiados nos ganchos e são soltos verticalmente. Efeito: Luxação da articulação do ombro: clavícula e úmero. Na saída do depenador, nota-se um SANGRAMENTO ao redor desta área.
Recomendação: Instalar uma seção de tubo ou haste metálica separada aproximadamente 1 polegada sobre a área do respiradouro e a parte inferior do seio, evitará que ele suba, facilitando a introdução da cabeça na água, deixando-o inconsciente imediatamente.
Quando as variáveis: Frequência, Tensão e Amperagem não estão bem graduadas de acordo com a faixa de peso das aves e sexo, etc., elas sofrem excesso de corrente que aumenta a contração muscular, afetando a qualidade da depena. Lembre-se que o tempo gasto na cuba varia de 10 a 12 segundos. Da mesma forma, uma mancha de sangue é criada no peito, na ponta da asa e na cauda.
ESCALDA E DEPENA
Todas as variáveis que regem essas duas operações devem permanecer estáveis para conseguir uma depenagem produtiva: Menos danos à pele das aves.
ESCALDADO
- Temperatura: Com a mínima variação possível.
- Nível da água: Cubra a parte inferior dos ganchos
- Turbulência: Ser uniforme em todo o tanque
- Tempo: De acordo com o tipo de frango a ser processado. Amarelo com epiderme. Branco sem ele.
- Devem estar permanentemente fechados. Excluem-se as que recirculam a água em cascata.
- O caminho entre a saída da escaldadeira e a entrada do primeiro depenador deve ser percorrido, para conservar o calor.
DEPENAGEM
Use água morna: 34°C a 38°C para manter o calor que os frangos ganharam com a escaldadura.
Dedos de borracha devem ser colocados nas linhas do disco com dureza adequada para remover penas em diferentes partes das aves. A pele tem várias características. Além disso, algumas penas estão inseridas nos músculos: as da cauda e as das asas.
Quando se tem várias depenadeiras, a porcentagem de depenagem deve ser distribuída de forma que a primeira máquina retire cerca de 75%. A segunda, 20% e a última, 5%. Dessa forma, a pressão dos dedos é melhor distribuída para diminuir o atrito na pele dos frangos.
Todos os dias ao final do processo deve-se verificar o estado dos dedos, substituindo os que estiverem:
- Gasto
- Partidas
- Caídos
Se esta prática de controle for desenvolvida de forma disciplinada, os seguintes benefícios são alcançados:
- Diminuição do dano cutâneo correspondente à área do peito e parte superior das coxas.
- Redução de Deslocamentos nas asas: “Pop out”
- O consumo mensal de dedos será menor ou igual ao parâmetro internacional: 1 dedo para cada 2.000 frangos processados.
Exemplo:
- Processo mensal: 1.000.000 de aves
- Mudança ao mês: 500 dedos.
Em resumo, os níveis atuais de apreensões que são detectadas nas fábricas, segundo fui informado, variam entre 0,5% e 2,0%, podem ser SIGNIFICATIVAMENTE DIMINUIDOS, se os detalhes mencionados forem monitorados em tempo real para tomar ações corretivas no menor tempo possível. t
Barranquilla, Colômbia, 15 de setembro de 2021