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Otimização e redução dos custos operacionais para aumentar a rentabilidade

O Eng. Elbio Woeffray, UTN- FRCU na Argentina, foi o responsável pela apresentação sobre “Otimização e redução dos custos operacionais para aumentar a rentabilidade” durante o LPN 2021.

As propriedades avícolas precisam incorporar indicadores de produção e de energia na sua gestão para que possam avaliar o seu desempenho. Estes indicadores não só serão capazes de comparar a instalação com outras semelhantes, mas também constituirão a espinha dorsal de um sistema de controle interno que tornará possível estabelecer metas e objetivos a curto e médio prazo.

A avaliação dos objetivos torna possível medir os vários parâmetros e estabelecer políticas internas de autogestão e identificar os gargalos do processo

Os principais parâmetros para serem medidos são:

  • INDICADOR DE SUSTENTABILIDADE (índice WOEFFRAY): que permite avaliar a relação entre a produção e o número de pessoal (produtividade);
  • INDICADOR DE DESPESAS DE ENERGIA ELÉTRICA: que permite avaliar a energia consumida pela instalação em relação ao número de aves abatidas;
  • INDICADOR DE DESPESAS COM COMBUSTÍVEIS: quer se trate de Gás Natural, Propano ou Biomassa, permite avaliar o consumo de energia térmica para o escaldamento e higienização da instalação;
  • INDICADOR DE DESPESAS COM ÁGUA: permite-nos avaliar o funcionamento sanitário da instalação em função deste insumo crítico para a sustentabilidade global.

Com estes indicadores em mãos, podemos então traçar linhas de trabalho dentro da instalação para otimizar a gestão.

SUSTENTABILIDADE

Existe uma relação estabelecida pelo autor, que é o resultado da avaliação do número de toneladas por ano produzidas pela propriedade, dividido pelo número total de trabalhadores.

Este indicador varia de 100 toneladas/pessoa/ano a 400 toneladas/pessoa/ano.

O nível mínimo de viabilidade é de 200 toneladas/pessoa/ano. Abaixo deste valor, as propriedades correm o risco de ficar fora de funcionamento, dependendo da sua produtividade.

Acima de 300 t/pessoa/ano, as propriedades apresentam um nível ótimo de sustentabilidade, com grandes chances de sobrevivência. Este indicador foi testado na Argentina, com várias propriedades que sobreviveram e outras que entraram em falência.

ENERGIA ELÉTRICA

Este indicador valoriza para instalações entre 50.000 e 100.000 frangos/dia o consumo de eletricidade a 0,4 kWh/frango/mês.

As propriedades acima deste indicador devem avaliar o seu gasto energético com os seguintes critérios:

O maior gasto de eletricidade é no resfriamento, 80% do total do gasto de eletricidade é gasto neste setor.

O controle desta variável através da utilização de uma plataforma de visualização do tipo SCADA e de software de gestão permitiu a uma central reduzir 10% do seu consumo anual de eletricidade.

Para isto, foi necessário ligar toda a central, permitindo que todos os pontos de controle, temperatura, pressão, tempo, etc., fossem registados e levados a um PLC para monitoramento.

Um software avalia-os depois, compara-os com indicadores pré-estabelecidos e apresenta-os numa tela SCADA.

COMBUSTÍVEL

O indicador mais usual é 0,12 m³ gás natural/ave/mês, com instalações que têm rendering incorporada.

O maior paradigma ocorre em propriedades com rendering, já que utilizam vapor para cozinhar as suas vísceras e penas. Uma vez que têm uma caldeira a vapor, utilizam a mesma para queimar as aves.

O problema da utilização de vapor a pressões de 8 atm e temperaturas de 125 graus Celsius é que para gerar o vapor, foi utilizada energia da ordem de 630 kcal/kg de água utilizada, e para escaldar as aves se necessita simplesmente de água quente a cerca de 80°C (para atingir efetivamente 54°C na água de escaldamento), com um consumo total de 60 kcal/kg. Isto significa que é possível chegar a dez vezes menos no consumo de energia apenas com a utilização de água quente em vez de vapor.

ÁGUA

O consumo ótimo de água não deve exceder 7 litros por ave abatida.

A primeira coisa que se deve medir é o consumo de água estabelecido pela legislação, para um correto manejo sanitário das carcaças. De acordo com as recomendações da União Europeia, são necessários:

  • 0,3 litro/ave na renovação do escaldamento, 1 litro/ave de renovação nos chuveiros pós-escaldamento, 1 litro de renovação no sistema de evisceração, e 1,5 litro de renovação no resfriamento, isto somaria menos de 4 litros/ave. Se somarmos a isto 2 litros/ave para limpeza operacional e pós-operacional, temos 6 litros/ave.

FONTE

MANUAL DE CÁLCULOS PARA EL DISEÑO DE PLANTAS DE FAENA AVÍCOLAS, Elbio Miguel Woeffray, EDUNER. UNIVERSIDAD NACIONAL DE ENTRE RÍOS, 2019

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